(Tradução de “Anarchie et communisme”, comunicado
lido por Carlo Cafiero em 1880 no congresso da federação jurassiana da AIT [Associação Internacional dos Trabalhadores] em Chaux-de-Fonds, Suíça. O texto
foi publicado pela primeira vez no mesmo ano, em Genebra, no jornal anarquista Le Révolté. Traduzido do original em francês por humanaesfera)
No congresso ocorrido no centro de Paris,
um orador, notório por sua fúria contra os anarquistas, disse: “O comunismo e a anarquia rosnam quando se
encontram.”
Um outro orador que também falava contra os
anarquistas, mas com menos violência, exclamou ao falar de igualdade econômica:
“Como a liberdade pode ser violada quando
existe igualdade?”
Bem, penso que os dois oradores estão
errados.
É perfeitamente possível que haja igualdade
econômica sem haver a menor liberdade. Certas comunidades religiosas são uma
prova viva disso, visto que nelas há completa igualdade e, ao mesmo tempo,
despotismo. Completa igualdade, pois o chefe usa as mesmas vestes e come na
mesma mesa dos demais, e ele só se distingue por possuir o direito de comandar.
E os partidários do “Estado popular”? Se não encontrassem obstáculos de todo
tipo, estou certo de que acabariam realizando a igualdade perfeita, mas ao
mesmo tempo o despotismo perfeito, porque, não esqueçamos, seria o despotismo
do Estado atual acrescido do despotismo econômico de todos os capitais que
passariam às mãos do Estado, e tudo isso seria multiplicado por toda a
centralização necessária a esse novo Estado. E é por isso que nós, os
anarquistas, amigos da liberdade, nos propomos a combatê-los até o fim.
Assim, ao contrário do que foi dito, ainda
que haja igualdade, não falta razões para recear que não haja liberdade;
enquanto que, existindo verdadeira liberdade, isto é, anarquia, não há receio
de não haver igualdade.
Enfim, a anarquia e o comunismo, longe de
rosnarem quando se encontram, rosnam quando não se encontram, pois esses dois
termos, sinônimos de liberdade e igualdade, são os dois termos necessários e
inseparáveis da revolução.
Nosso ideal revolucionário é muito simples:
é composto, como o de todos os nossos precursores, por esses dois termos:
liberdade e igualdade. Exceto por uma pequena diferença.
Conhecendo as trapaças que os reacionários
de todos os tipos e de todos os tempos fizeram com a liberdade e a igualdade,
somos levados a pôr, ao lado desses dois termos, a expressão de seu valor
exato. Essas duas moedas preciosas foram tão frequentemente falsificadas que
nós precisamos enfim saber e medir o seu preciso valor.
Então, nós colocamos ao lado desses dois
termos, liberdade e igualdade, dois equivalentes cujo claro sentido não se
presta à equívocos, nós dizemos: “Nós
queremos a liberdade, ou seja, a anarquia, e a igualdade, isto é, o comunismo”.
Hoje, a anarquia é ataque, a guerra contra
toda autoridade, contra todo poder, contra todo Estado. Na sociedade futura, a
anarquia será a defesa, a prevenção contra o reestabelecimento de toda
autoridade, de todo poder, de todo Estado: a plena e inteira liberdade do
indivíduo que, livremente e levado unicamente por suas necessidades, por seus
gostos e simpatias, se une a outros indivíduos no grupo ou na associação; será
o livre desenvolvimento da associação que se federa com outras na comuna ou no
bairro; o livre desenvolvimento das comunas que se federam na região – e assim
por diante: as regiões no país; os países na humanidade.
O comunismo, a questão que especialmente
estamos tratando hoje, é o segundo aspecto de nosso ideal revolucionário.
O comunismo atualmente ainda é ataque; é a
destruição da autoridade, mas é a tomada de posse, em nome de toda humanidade,
de toda riqueza existente no mundo. Na sociedade futura, o comunismo será o
gozo de toda riqueza existente por todos os homens e segundo o princípio: de cada um segundo suas faculdades, para
cada um segundo suas necessidades, quer dizer: de cada um e para cada um de acordo com sua vontade.
É preciso, porém, ressaltar – em resposta
sobretudo aos nossos adversários, os comunistas autoritários ou estatistas –
que a tomada de posse e o gozo de toda riqueza existente deve ser, a nosso ver,
obra do próprio povo. Visto que o povo, a humanidade, os indivíduos ainda não
foram capazes de conquistar a riqueza e tê-la em suas mãos, eles querem
concluir, de fato, que, por esta razão, é preciso instituir toda uma classe de
dirigentes, de representantes e depositários da riqueza comum. Mas não
compartilhamos desta opinião. Nada de intermediários nem representantes, que
acabam sempre representando apenas a si mesmos!
Nada de moderadores da igualdade, nem moderadores da liberdade! Nem novo
governo, nem novo Estado, seja ele dito popular ou democrático, revolucionários
ou provisório!
Visto que a riqueza comum está disseminada
por toda a terra, tudo pertencendo de direito à humanidade inteira, aqueles que
encontram essa riqueza ao seu alcance e são capazes de usá-la, a utilizarão em
comum. As pessoas de uma região utilizarão a terra, as máquinas, as oficinas,
as moradias, etc., da região e eles se servirão de tudo em comum. Como parte da
humanidade, eles exercerão, em ato e diretamente, o seu direito à uma parte da
riqueza humana. Mas se um habitante de Pequim vier a essa região, ele terá os
mesmos direitos dos outros; gozará em comum com os outros de toda a riqueza, do
mesmo modo que em Pequim.
Então, muito se engana aquele orador que
denunciou os anarquistas como se quisessem estabelecer a propriedade de
corporações. Que bela coisa seria destruir o Estado para substituí-lo por uma
multidão de pequenos Estados! Assassinar o monstro de uma cabeça para manter um
monstro de mil cabeças!
Não, nós dizemos e não nos cansamos de
repetir: nada de mediadores, nem intermediátios e nem servidores prestativos,
que acabam sempre se tornando os verdadeiros senhores: nós queremos que toda a
riqueza existente seja tomada diretamente pelo próprio povo, que ela seja
mantida por suas mãos possantes, e que ele próprio decida a melhor maneira de
gozá-la, seja pela produção, seja pelo consumo.
Mas nos perguntam: o comunismo é
praticável? Teremos produtos suficientes para possibilitar à cada um o direito
de usá-los à vontade, sem exigir dos indivíduos mais trabalho do que eles
gostariam de fazer?
E respondemos: sim. Certamente será
possível aplicar esse princípio: de cada um e à cada um conforme sua vontade,
porque, na sociedade futura, a produção será tão abundante que não haverá
qualquer necessidade de limitar o consumo, nem de exigir dos homens mais trabalho
do que eles podem ou querem fazer.
Esse imenso aumento da produção, de que
hoje não podemos sequer ter uma ideia exata, pode ser previsto pelo exame das
causas que o provocam. Essas causas se reduzem principalmente a três:
1. A harmonia da cooperação nos diversos
ramos da atividade humana, que substitui a luta atual que se traduz na
concorrência;
2. A introdução, numa escala colossal, de
máquinas de todo tipo, e
3. A considerável economia de força de
trabalho, de instrumentos de trabalho e de matérias primas, devido a supressão
da produção nociva e inútil.
A concorrência, a luta, é um dos princípios
fundamentais da produção capitalista, que tem por lema: mors tua vita mea, tua morte é minha vida. A ruína de um faz a
fortuna de outro. E essa luta encarniçada se dá de país contra país, de região
contra região, de indivíduo contra indivíduo, entre trabalhadores assim como
entre capitalistas. É uma guerra mortal, um combate sob todas as formas: corpo
à corpo, bandos, esquadrões, regimentos, exércitos. Um operário encontra
trabalho onde outro o perde; uma ou várias indústrias prosperam enquanto outras
perecem.
Pois bem, imagine quando, na sociedade
futura, esse princípio individualista da produção capitalista, cada um por si e contra todos e todos contra
cada um, for substituído pelo verdadeiro princípio da sociabilidade humana:
cada um por todos e todos por cada um.
Que imensa mudança obteríamos nos resultados da produção! Imagine o aumento da
produção quando cada homem, ao invés de ter que lutar contra todos os outros,
for apoiado por eles, que serão tratados não como inimigos, mas como
cooperadores. Se o trabalho coletivo de dez homens alcança resultados
absolutamente impossíveis para um homem isolado, quão grandes serão os
resultados obtidos pela imensa cooperação de todos os homens que, hoje,
trabalham hostilmente uns contra os outros? E as máquinas? O impacto da
aparição dessas poderosas auxiliares do trabalho, por grande que já nos pareça
hoje, é minúsculo em comparação com o que será na sociedade futura.
Hoje, com frequência a máquina é limitada
pela ignorância do capitalista, mas ainda mais pelos seus interesses. Quantas
máquinas permanecem sem aplicação unicamente porque elas não retornam um lucro
imediato para o capitalista?
Uma companhia mineradora, por exemplo, vai
salvaguardar os interesses dos operários assumindo os custos de construir
aparelhos custosos para que os mineiros desçam nas escavações? Uma câmara
municipal introduzirá uma máquina para quebrar pedras quando esse trabalho
terrível lhe fornece um meio de dar esmolas baratas aos esfomeados? Quantas
descobertas, quantas aplicações da ciência permanecem letra morta unicamente
por não darem retorno ao capitalista?!
O próprio trabalhador é hoje inimigo das
máquinas, e com razão, pois elas são para ele um monstro que vem para
expulsá-lo da fábrica, deixá-lo com fome, o degradar, torturar, esmagar. E,
contrariamente, que imenso interesse o trabalhador teria de multiplicá-las
quando ele não mais estiver a serviço das máquinas, mas, pelo contrário, as máquinas
estiverem a serviço dele, ajudando-o e trabalhando para seu bem-estar!
Enfim, é preciso ter em conta a imensa
economia que será feita dos três elementos do trabalho: a força de trabalho, os
instrumentos e as matérias primas, que são terrivelmente desperdiçados hoje,
porque são empregados na produção de coisas absolutamente inúteis, sem falar
das que são nocivas à humanidade.
Quantos trabalhadores, quanto material e
quantos instrumentos de trabalho são empregues hoje, pelo exército e a marinha,
para construir navios, fortalezas, canhões e todo esse arsenal de armas
ofensivas e defensivas?! E quanta força é usada para produzir objetos de luxo
que só servem para satisfazer necessidades de vaidade e corrupção?!
E quando toda essa força de trabalho, todas
essas matérias primas, todos esses instrumentos de trabalho forem empregados na
indústria na produção de objetos que servirão eles mesmos para produzir, que
prodigioso aumento da produção nós veremos surgir!
Sim, o comunismo é praticável! Poderemos de
fato deixar que cada um tome à vontade aquilo de que tem necessidade, porque
haverá o suficiente para todos. Não será mais necessário exigir mais trabalho
que cada um quiser fazer, porque haverá sempre produtos suficientes para o
próximo dia.
E é graças a essa abundância que o trabalho
perderá o caráter servil para ter somente o atrativo de uma necessidade moral e
física, tal como a de estudar, de viver com a natureza.
Desse modo, nós podemos afirmar que o
comunismo não só é possível, mas necessário. Não só podemos ser comunistas, mas
é preciso que sejamos sob pena de perder o objetivo da revolução.
Com efeito, depois de pôr em comum os
instrumentos de trabalho e as matérias primas, caso conservemos a apropriação
individual dos produtos do trabalho, seríamos forçados a conservar a moeda e,
portanto, uma acumulação maior ou menor de riqueza segundo um maior ou menor
mérito - ou melhor, habilidade - dos indivíduos. A igualdade assim
desapareceria, pois aqueles que conseguirem adquirir mais riquezas seriam por isso
mesmo elevados acima do nível dos outros. Bastaria apenas mais um passo para
que os contrarrevolucionários restabeleçam o direito à herança. E, de fato, eu
ouvi um socialista de renome, e que se diz revolucionário, que defendia a
atribuição individual dos produtos, acabar declarando que não vê nenhum
inconveniente que a sociedade admita a transmissão dos produtos por herança:
segundo ele, ela seria sem consequências. Para nós que conhecemos de perto os
resultados a que a sociedade chegou com essa acumulação de riquezas e sua
transmissão por herança, não pode haver qualquer dúvida sobre o isso.
Mas a atribuição individual dos produtos
restabeleceria não só a desigualdade entre os homens, ela restabeleceria ainda
a desigualdade entre os diferentes tipos de trabalho. Veríamos reaparecer
imediatamente o trabalho “limpo” e o trabalho “sujo”, o trabalho “superior” e o
trabalho “inferior”: o primeiro seria feito pelos mais ricos, e o segundo seria
destinado aos mais pobres. Então, não seria mais a vocação e o gosto pessoal
que determinariam alguém a se dedicar a um tipo de atividade ao invés de outro:
seria o interesse, a esperança de ter vantagens em tal profissão. Assim,
renasceriam a indolência e a diligência, o mérito e o demérito, o bem e o mal,
o vício e a virtude e, por consequência, de um lado a recompensa e de outro a
punição - a lei, o juiz, a polícia e a prisão.
Há socialistas que persistem em defender a
ideia de atribuição individual dos produtos do trabalho alegando valorizar o
sentimento de justiça.
Que estranha ilusão! Com o trabalho
coletivo, que nos coloca a necessidade de produzir em massa e aplicar máquinas
em grande escala, e com o sempre crescente fato de o trabalho moderno se basear
no trabalho acumulado das gerações passadas, como poderíamos distinguir qual a
parte do produto que cabe à uma pessoa da parte que cabe à outra pessoa? É
absolutamente impossível, e nossos adversários reconhecem isso tão bem que eles
terminam dizendo: “Tudo bem, nós
tomaremos como base para a repartição as horas de trabalho”; mas, ao mesmo
tempo, eles próprios admitem que isso seria injusto, porque três horas de
trabalho de Pedro podem valer cinco horas de trabalho de Paulo.
Antigamente nós nos chamávamos
“coletivistas”, porque com essa palavra nos distinguíamos dos individualistas e
dos comunistas autoritários; mas no fundo éramos claramente comunistas
antiautoritários e, quando nos chamávamos “coletivistas”, pensávamos exprimir
por esse nome a ideia de que tudo deve ser posto em comum, sem distinção entre
os instrumentos e materiais de trabalho e os produtos do trabalho coletivo.
Mas, um belo dia, vimos surgir uma nova
nuance de socialistas que, ressuscitando erros do passado, começaram a
filosofar, a distinguir, a diferenciar sobre essa questão, e que acabaram por
se tornar apóstolos da seguinte tese:
“Existem
– dizem eles – valores de uso e valores de produção. Os valores de uso são
aqueles que usamos para satisfazer nossas necessidades pessoais: são a casa em
que moramos, os víveres que consumimos, as roupas, os livros, etc. Enquanto que
os valores de produção são aquilo que usamos para produzir: são a oficina, os
galpões, o celeiro, as lojas, as máquinas e os instrumentos de trabalho de todo
tipo, o solo, os materiais do trabalho, etc. Os primeiros valores, que servem
para satisfazer as necessidades do indivíduo – dizem eles –, devem ser
atribuídos individualmente, enquanto que os segundos, aqueles que servem a
todos para produzir, devem ser atribuídos coletivamente.”
Eis a nova teoria econômica descoberta, ou
melhor, ressuscitada por necessidade.
Mas eu pergunto a quem dá o charmoso título
de valor de produção ao carvão usado para alimentar a máquina, ao óleo usado
para a lubrificar, ao gás que a ilumina, por que se recusam a dar esse título ao pão e à
carne que me alimentam, ao óleo com que tempero minha salada, ao gás que ilumina
meu trabalho, a tudo que é usado para fazer viver e operar a mais perfeita de
todas as máquinas, o pai de todas as máquinas: o homem?
Vocês classificam entre os valores de
produção os pastos e os estábulos usados para manter os bois e cavalos e querem
excluir deles as moradias e os jardins usados pelo mais nobre de todos os
animais: o homem?
Cadê a lógica?
Além disso, vocês mesmos, que se colocam
como apóstolos dessa teoria, sabem perfeitamente que essa demarcação não existe
na realidade, e que, se é difícil traçá-la hoje, ela desaparecerá completamente
no dia em que todos forem produtores e consumidores ao mesmo tempo.
Assim, essa teoria – como se vê – não pode
dar uma nova força aos partidários da atribuição individual dos produtos do
trabalho. Essa teoria só obteve um único resultado: o de desmascarar o jogo
daqueles socialistas que querem reduzir o alcance da ideia revolucionária; ela
abriu nossos olhos e nos mostrou a necessidade de nos declarar com plena sinceridade
comunistas.
Mas abordemos finalmente a única objeção
séria que nossos adversários avançaram contra o comunismo.
Todos estão de acordo que nós
necessariamente nos movemos para o comunismo, mas é apontado que, no início, os
produtos não serão tão abundantes, sendo preciso estabelecer um racionamento,
uma divisão, e que a melhor divisão dos produtos do trabalho seria a baseada na
quantidade de trabalho que cada um faria.
A isso respondemos que, na sociedade
futura, ainda que sejamos obrigados a fazer racionamentos, é preciso que
continuemos comunistas: ou seja, o racionamento deve ser feito não segundo os
méritos, mas segundo as necessidades.
Tomemos a família, esse modelo em pequena
escala de comunismo (mais de comunismo autoritário do que anarquista, é
verdade, mas que, para nosso exemplo, não muda nada).
Na família, o pai contribui, vamos supor,
com cem sous por dia, o filho mais velho, com três francos, um mais jovem, com
quarenta sous, e a criança, apenas com vinte sous por dia. Todos dão o dinheiro
à mãe que guarda e lhes dá de comer. Todos contribuem desigualmente, mas na
refeição cada um se serve à sua maneira e segundo seu apetite; não há
racionamento. Mas chegam tempos difíceis, e a pobreza força a mãe a não mais se
remeter ao apetite e ao gosto de cada um para distribuir a refeição. É preciso
fazer um racionamento e, seja por iniciativa da mãe, seja por convenção tácita
de todos, as porções são reduzidas. Mas veja, essa repartição não é feita
segundo os méritos, pois é o filho mais novo e sobretudo a criança que recebem
a maior parte, e quanto à parte seleta, é reservada à avó que não contribuiu
com nada. Assim, mesmo durante a escassez, na família é aplicado o princípio de
racionamento conforme as necessidades. Poderia ser de outro modo na grande família
humana do porvir?
É evidente que haveria mais a dizer sobre
esse assunto se eu não estivesse tratando dele diante de anarquistas.
Não se pode ser anarquista sem ser
comunista. De fato, a mínima ideia de limitação já contém em si os germes do
autoritarismo. Ela não pode se manifestar sem engendrar imediatamente a lei, o
juiz, a polícia.
Sejamos comunistas, pois é no comunismo que
realizamos a verdadeira igualdade.
Sejamos comunistas, porque o povo, que não
compreende os sofismas coletivistas, compreende perfeitamente o comunismo, como
os amigos Reclus e Kropotkin já apontaram.
Sejamos comunistas, porque somos
anarquistas, porque a anarquia e o comunismo são os dois termos necessários da
revolução.
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