Saiu Humanaesfera #5. Quinta brochura (livreto) com conteúdos deste site. Este número contém extratos das obras de Charles Fourier e também extratos da primeira publicação comunista libertária, o jornal L'Humanitaire.
Neste link, está o PDF com a brochura, que consiste de 6 folhas A4 para serem impressas frente-e-verso (em impressoras que imprimem em frente-e-verso automaticamente, selecione "borda curta" ou "no sentido da borda menor", ou ainda "Frente e verso, orientação vertical"), dobradas e grampeadas no meio. Ela contém os textos:
CÓPIA - do latim copia, "abundância, profusão, fartura, plenitude" . Formado de com, "junto, com, em comum", + ops (genitivo: opis), "poder, riqueza, força, recursos". Em português, copia originou as palavras copiar e cornucópia. E a raiz ops originou as palavras obra, ópera, opulento, ótimo, operário, ofício, oficina, cooperar, manobra. Charles Fourier: “[Na civilização,] cada pessoa engajada numa indústria está em guerra com as massas, e malevolente para com elas por interesse pessoal. Um médico deseja de seus semelhantes bons casos de febres, e um advogado, bons processos em cada família. Um arquiteto necessita de um bom incêndio que reduza um quarto da cidade às cinzas, e o vidreiro deseja uma boa tempestade de granizo que quebre todas as vidraças. Um alfaiate, um sapateiro quer que o público use somente coisas mal pintadas e sapatos feitos de couro fajuto, de modo a triplicar a quantidade consumida – para o benefício do comércio; é isso que os preocupa. Uma corte de justiça considera oportuno que a França continue a cometer 120.000 crimes e danos reclamáveis, número necessário para manter as cortes criminais. É assim que na indústria civilizada cada indivíduo está em guerra proposital com as massas; é o resultado necessário da indústria anti-associativa ou de um mundo invertido. [...] Esse círculo vicioso da indústria é tão claramente percebido que por toda parte o povo está começando a suspeitar dele e a sentir, estupefato, que, na civilização, a pobreza nasce da própria abundância. [...] Portanto, a indústria civilizada, eu repito, só pode criar os elementos da felicidade, mas não a própria felicidade. Pelo contrário, será mostrado que o excesso de indústria leva a civilização a grandes infortúnios, se os métodos do progresso real na escala social não forem descobertos.” (Charles Fourier, Teoria dos Quatro Movimentos) Este e outros trechos de Fourier que resumem suas ideias principais podem ser encontrados neste link: A atração apaixonada (trechos de Charles Fourier, 1808-1858)