terça-feira, 3 de julho de 2012

Joseph Déjacque: A Humanisfera - Utopia Anárquica (1857). Trechos da introdução


Trechos de "A Humanisfera":
Introdução
Sobre o comunismo futuro
Sobre a transição revolucionária
Sobre as suas influências


Alguns trechos da introdução de "L'HUMANISPHERE. UTOPIE ANARCHIQUE" (A Humanisfera - Utopia Anarquista) , 1857:

"O QUE É ESTE LIVRO?


Este livro não é uma obra literária, é uma obra infernal, o grito de um escravo rebelde.
(...)


Este livro não é feito de tinta; suas páginas não são folhas de papel.


Este livro é aço dobrado in octavo e carregado com fulminato de idéias. É um projétil autoricida que lanço em milhares de exemplares sobre o pavimento dos civilizados. É capaz de fazer voar seus fragmentos ao longe e romper mortalmente as fileiras dos preconceituosos. Capaz de quebrar a velha sociedade em seus fundamentos.


Privilegiados! – para quem semeou a escravidão chegou a hora de colher a rebelião. Não há trabalhador que, sob os lambris de seu cérebro, não tenha confeccionado clandestinamente alguns pensamentos de destruição. Vocês têm, vocês, a baioneta e o código penal, o catecismo e a guilhotina; nós temos, nós, a barricada e a utopia, o sarcasmo e a bomba. Vocês, vocês são a compressão; nós, nós somos o explosivo: uma única fagulha basta para vos fazer saltar!
(...)


Este livro não é um escrito, é um ato. Ele não foi traçado pela mão enluvada de um fantasista;  é composto de coração e  lógica, de sangue e febre. É um grito de insurreição, é um alarme soado com o martelo da idéia ao ouvido das paixões populares. Além disso, é um canto de vitória, uma salva triunfal, a proclamação da soberania individual, o advento da liberdade universal; é a anistia plena e total das penas autoritárias do passado pelo decreto anárquico do porvir humanitário.


Este é um livro de raiva e é um livro de amor!” LE LIBERTAIRE n°1: 9 junho de 1858



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